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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

O Trabalho de um homem

17 de Fevereiro de 2014  01:23hs
Nota do Diário:

Feito. Houveram alguns problemas, mas o trabalho foi concluído como prometido. 

Hora da morte: 22 horas e 14 minutos do dia 16 de Fevereiro de 2014. 

Causa da morte: Assalto, como solicitado.

  Assim que conclui o serviço, limpei as digitais do local, agrupei todas as provas e coloquei-as em uma sacola, alguns quilômetros depois incinerei e segui meu rumo. Cheguei em casa uma hora depois, estava com fome, me lavei e liguei a televisão. Durante o banho pensava no que eu faria para o jantar. O molho de tomate acabou. Me sequei e me vesti, fui até a cozinha e esquentei um pedaço de lasanha que havia ganhado mais cedo da vizinha, Dona Lurdes é uma velinha encantadora, as vezes meio meririqueira, mas nada que vá me incomodar. Na TV estava passando um jogo de Tênis, Thomas alguma coisa, um Brasileiro competia. O carro está com o tanque cheio, amanha logo cedo irei partir, antes que a Dona Lurdes pense em vir até aqui para me falar da infiltração do banheiro dela. Talvez eu deixe flores, tulipas, vi um quadro pendurado na sala da casa dela quando a porta estava aberta, espero que ela goste. Ela tem que aprender a fechar a porta, nunca se sabe quando um assaltante pode aparecer.

 O café acabou. Acho que vou dar uma volta no quarteirão para respirar.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

#2 - Hello?

 Olá, tem alguém ai? Eu ando recebendo mensagens no meu e-mail, mas nenhuma ajuda concreta. Nesse tempo que se passou aprendi muita coisa, vivi muitas coisas, ouvi coisas e pude ve-la... Mesmo que por uma fração de segundo ela estava ali, na minha frente, me olhando, apreensiva, com aquele ar de mistério que ela sempre teve, mas agora ela está com aparência diferente. Seu sorriso ja não é mais o mesmo, os seus olhos são vagos, não sinto mais o seu calor como sentia antes, essa não é a mulher que eu amei um dia.

 A um mês eu estava perdido, desnorteado, e resolvi tomar uma atitude. Eram 23:33 hs de uma Quinta-Feira, peguei tres velas na gaveta da cozinha que minha mãe guardava por causa da falta de luz, acendi as tres e me tranquei dentro do banheiro, tirei minha camisa e deixei a cera quente que escorria da vela descer sobre mim, queimava, eu tinha vontade de gritar, mas era preciso. Ouvi passos do outro lado da porta, mas eu os ignorei, desliguei então a luz do banheiro e fiquei apenas a luz de velas. Já eram 00:12 hs e nada acontecia, mesmo depois de tudo o que eu fiz, a dor que senti, foi ai que me dei conta de que, precisava de sangue, estava trancado no banheiro, não podia estragar o ritual, e não tinha nada para me cortar, foi então que levei minha mão até a boca. a a mordi, mordi com tanta força que podia ouvir o barulho da pele sendo perfurada. O gosto do sangue quente que saia do meu organismo e ia diretamente para a minha boca, era algo que me enojava, quase vomitei, então cuspi no espelho, arranquei toda a cera do meu corpo, onde eu estava com a cabeça? Coloquei minha mão debaixo d'agua e em seguida enrolei-a em um papel higiênico para estancar o sangue. Sai rapidamente do banheiro e fui para o quarto, chorava de dor, tinha passado dos limites, mas tinha que voltar lá, tinha deixado velas e minha camisa lá. Voltei lá, peguei as velas e minha camisa, quando para minha surpresa olhei para cima e o espelho estava limpo. Algo aconteceu ali, desde então ela me observa há noite, e eu ja não sinto mais aquela paz que sentia na sua presença, agora preciso ir, ela está me esperando. Me respondam por e-mail, preciso de ajuda daniel.xtrem@hotmail.com