O sobrado da rua Herbert Ackerman
Part 2
Resolvi me aproximar vagarosamente para ver se havia alguem morando na casa, quando cheguei no terreno do sobrado senti meu corpo tremer mas não era friu, era uma sensação estranha, inexplicavel então toquei a campainha e em silencia aos poucos ouvi passos que vinham de dentro da casa e derrepente a porta se abriu e um senhor de idade aproximada á 83 anos pela aparencia, me atende em silencio, apenas com um olhar seco e a cara fechada ele olha diretamente nos meus olhos e fala:
- Diga!
- Olá, senhor. Eu estava passando pela rua e acabei me perdendo e não consigo falar com os meus pais, o senhor poderia me emprestar o seu telefone?
O senhor sorrio de canto e abriu um pouco mais a porta parecendo me convidar para entrar, devido a escuridão do lado de fora entrei em sua casa. Enquanto eu entrava senti algo passar aos meus pés, algo macio. Andando vagarosamente e olhando fixamente para o telefone da sala, quando eu ia falar ele quebra o silencio do momento com o barulho da porta se fechando calmamente e rangindo o trinque que ja estava enferrujado.
- O que você fazia do outro lado da rua olhando para a minha casa? Disse o senhor com um tom de severidade mas ao mesmo tempo irônico.
- Não estava fazendo nada senhor, algo me chamava atenção na sua casa.
- E onde está o seu cachorro? Disse o velho enquanto se direcionava a cozinha lentamente e curvado, cada passo seu ecoava pela casa. Parecia que o chão da casa que era de madeira estava oco e tomado por cupins e os chinelos do velho tambem eram de madeira o que fazia o barulho parecer marteladas mas tambem se arrastava junto ao chão.
- Ele correu por causa de um barulho que parecia vir da sua casa, senhor.
No momento em que terminei de falar o soltou uma risada, e em seguida pude ouvi-lo pegando uma xicara me aproximei da porta da cozinha e vi o velho senhor servindo uma xicara de café. Ele percebendo minha aproximação virou o rosto em direção a mim e disse:
- Gosta de café, menino?
- Claro.
Enquanto ele servia uma xicara de café para nós ele sussurrava coisas sem sentido ou pelo menos eu não pudia ouvi-las. O velho então após ter preparado o café para nós pegou as duas xicaras e veio vagarosamente, quase se arrastantona minha direção, ele andava como se sentisse dor em uma das pernas e suas mãos tremiam muito, fazendo um pouco do café ser derramado no chão. Fui na direção do velho senhor para ajuda-lo e chegando perto dele ele estendeu o braço alcançando a mim a xicara de café, peguei a xicara e fui seguindo o senhor até a sala onde ele se sentou em uma poltrona de canto, e disse:
- Sente-se, meu jovem.
Me sentei no sofá que ficava em frente ao velho e ele me olhou e mexeu a cabeça, dando a entender que era para eu tomar o café. Segurei a xicara com as duas mãos e quando eu estava aproximando-a da minha boca pude ver que o café estava com uma cor estranha, parecia uma cor de vinho, era um tom avermelhado e havia sujeira na mesma, parecia que a xicara não havia sido lavada. Coloquei o café de lado olhei para o velho senhor e resolvi ir direto ao ponto.
- Senhor...
- Ackerman. Meu nome é Werner Ackerman.
-Oh sim senhor Ackerman. Eu queria agradecer-lo por ter me deixado entrar e....
- Eu não lhe convidei para entrar.
Fico meio encabulado e sem geito e falo:
- É que o senhor abriu um ouco mais a porta, achei que era para eu entrar.
- Meu gato estava na rua.
Nesse momento o gato sai da cozinha e vem em direção ao seu dono, era um gato cinza com preto andava suavimente pela sala que parecia estar levitando mas em um passo em falço o gato pisa em uma certa madeira que range. O gato assustado corre para o colo de seu dono, e o velho senhor acaricia o animal cuidadosamente como se o animal fosse uma reliquia. Ainda sem geito tomo coragem e penso antes de dizer
- Me desculpe. Osenhor ainda assim poderia ligar para avisar os meus pais, para que venham me buscar?
- Posso. Mas você veio entrando na minha casa, não sei quem é você, não sei se é uma pessoa de bem ou se é mais um garoto que veio aprontar aqui.
- Senhor eu posso assegurar-lo que e...
- Eu ainda não terminei de falar. Me diga o seu nome menino.
- Para que o senhor quer saber?
- Garoto, sejamos razoaveis. Você quer o meu telefone e eu quero saber quem é você, não é algo tão invasivo quanto o que você fez entrando na minha casa.
- Meu nome é Nickolas White.
- Bom Nickolas meu telefone está com um probleminha, cortaram a linha.
Me espantei com essas palavras. Ele me manteu ali sentado por esse tempo todo, por que não me disse logo. Me levanto apoiando nos joelhos e me espreguiço calmamente olho para o homem e falo:
-Bom, obrigado pelo café (o qual eu nem havia encostado os labios) mas ja são 22:04hs e eu devo ir agora.
Estendo a mão para cumprimenta-lo e, o velho senhor se levanta de sua poltrona e vai diretamente a porta e a abre
- Se apresse ou não chegara em casa.
Recolho a mão e a coloco no bolso aceno com a cabeça e saio da casa do velho. No momento em que passo pela porta para o lado de fora sinto uma sensação estranha como se eu estivesse tirando um enorme peso das minhas costas. Deço as pequenas escadas da entrada da casa sem olhar para traz e em seguida saio do terreno da casa olho para os lados e não percebo nenhum movimento olho para a casa novamente mas a porta está fechada. Começo a andar pelo acostamento pois ali não havia calçada, ando por alguns minutos e não vejo nenhuma casa até que um poste que estava sobre mim começa a piscar varias vezes, me assusto ao olhar para a luz, escuto então em um arbusto do outro lado da rua alguns ruidos estrnhos me assusto, meus olhos estavam esbugalhados de medo e pavor meu corpo tremia gélido em meio a rua devastada pelos campos e o unico rastro de sivilização por ali era a estrada. Paro por alguns instantes e em meio o silencio escuto um barulho estridente que vinha do fim da rua em uma curva, sem saber o que fazer me atiro no chão em meio o capim alto por medo de ser alguma coisa me perseguindo. De olhos fechados ouço o barulho aumentar ainda mais como se estivesse muito proximo até qu ele para, abro os olhos e vejo que era uma caminhonete antiga e toda enferrujada e olhando melhor era o velho senhor, o qual eu havia feito uma "visitinha" a pouco ele olha para mim e fala
- É melhor você saiir da rua menino, não chegará em casa hoje se for a pé.
Abro um leve sorriso e suspiro de alivio por saber que não era algo querendo me pegar, era só o velho senhor me oferencendo uma carona, eu acho.
- O senhor está me oferecendo uma carona?
- Claro menino, entre no carro.
Sem pensar duas vezes entro no carro mas sem saber que ali eu traçaria o meu fim.