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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Jogos misticos

O Tabuleiro de Ouija


 o Tabuleiro de Ouija (ou tába de Ouija) foi o jogo que deu origem os conhecidos: Jogo do copo, Jogo do compasso, dentre outros...
 O jogo estourou na decada de 1948 em uma pacata cidade chamada Hydesville, condado de Nova Iorque. Duas irmãs, Kate e Margaret Fox, contataram o espírito de um mascate que havia morrido em circunstâncias misteriosas anos passados. Logo a notícia se espalhou pela América Latina e partes da Europa. Era o nascimento do moderno Espiritismo.

Todos queriam se comunicar com os mortos. As organizações espíritas saiam para a luz, e os médiuns, a porta de comunicação com o outro lado, eram solicitados para realizar sessões espíritas. Essas pessoas, que atuavam como intermediários entre os espíritos e os seres humanos, inventaram uma variedade de maneiras interessantes de contato com o mundo dos mortos. A mesa que se movia era um deles. O médium e os participantes da reunião colocavam seus dedos levemente sobre a mesa e esperavam o contato espiritual. De repente, a mesa se inclinava e se movia, batendo no chão, tão freqüentemente e dando o número de batidas da letra do alfabeto que queria comunicar. Dessa maneira, a misteriosa força que movia a mesa, ia soletrando as palavras uma a uma.

Outra forma mais silenciosa era a da escrita automática, conhecida como psicografia. O médium se concentrava para manter o contato com a vida espiritual e, quando conseguia, começava a escrever em papel de forma descontrolada, exibindo mensagens. A caneta só tinha que ser apoiada sobre a mão do médium e o espírito tomava o controle da escrita.

Veja aqui um vídeo interessante sobre o assunto realizado pelo Discovery Channel

Uma variante engenhosa, mas que com o tempo foi cada vez menos utilizada, consistia em colocar na base de uma pequena prancha de madeira em forma de coração, duas suaves guias na parte mais larga, e um lápis na ponta, o que seria o terceiro apoio dessa guia, permitindo rodar e escrever a mensagem em uma folha de papel. Porém, escrever com essa prancheta era um desafio – apenas se manteria o instrumento centrado no papel o tempo suficiente para obter uma mensagem decifrável. Por isso muitos médiuns preferiram transmitir a voz do outro mundo através de um estado alterado de consciência, ou seja, entrando em transe.

E assim foram surgindo diversos instrumentos para manter o contato com o mundo espiritual, muito embora a maioria carecesse de eficácia, sobrava imaginação. Apesar disso tudo, as empresas de brinquedos aproveitaram a oportunidade de trazer esses produtos para o mercado, alcançando grande popularidade nos Estados Unidos e Europa, a tal ponto que em 1886 um novo tabuleiro com as letras do alfabeto e números, deixou todos os demais em segundo plano. Chamaram-no de “tabuleiro falante.”

Um jornal da Califórnia publicou um artigo que dizia algo como:

“Um tabuleiro que fala misteriosamente… Não há nenhum nome para defini-lo. Porém eu tenho visto e ouvido coisas maravilhosas, coisas que estão além da compreensão humana. Mas o que é esse tabuleiro? Ele pode ser retangular, com tamanho de umas 18 ou 20 polegadas. E nele está escrito um “sim” e um “não” para iniciar a conversa. Algumas palavras de saudação, letras do alfabeto. E qualquer um pode usá-lo. Tome o tabuleiro em seu colo, outra pessoa da mesma maneira se senta na sua frente e ambos colocam sobre o indicador o dedo polegar. Então se faz a primeira pergunta, como, por exemplo, “alguém quer falar com a gente? E logo você acha que a outra pessoa está empurrando o indicador. E ele pensa que é você. Mas, o indicador se move sozinho para sim ou para o não. Então, se for para o sim você decidiu quais perguntas fazer e as respostas vão sendo mostradas, uma letra após a outra. ”

Era assombroso e sua fama se espalhou como fogo em toda a América e Europa. O novo tabuleiro era simples, não requeria nenhuma habilidade especial dos participantes. Quando o indicador se movia por si mesmo, era fascinante, não importava o que ele dissera, o fato era misterioso por si só e cheio de encanto.

Foi Charles Kennard quem chamou o tabuleiro de Ouija. A origem do seu nome não se sabe muito bem, diz-se vir de uma antiga palavra egípcia que significa boa sorte. Mas é mais provável que o nome venha do nome da cidade marroquina Oujda.

Mas foi William Fuld, quem entrou para a história como o pai do tabuleiro Ouija. As empresas de Fuld elaboraram truques de marketing para reinventar a história da Ouija, inclusive até dizendo que foi o inventor e que seu nome era a fusão entre a palavra francesa “oui”, que significa, sim, com a palavra alemã “ja” com o mesmo significado. Também disse outras coisas tão improváveis que o povo tomou a Ouija como diversão, como qualquer outro jogo. Fuld dirigiu a companhia durante 25 anos e, em fevereiro de 1965, subiu para o telhado de sua fábrica na Rua Harford, em Baltimore, para supervisionar o transporte de algumas mercadorias. Uma madeira do teto cedeu e Fuld caiu, encontrando a morte.

A partir de então começam a produzir Ouijas com muitas variações e desenhos, inclusive fazia-se tabuleiros em edições especiais e de alta qualidade, para colecionadores.

As imitações adotaram nomes variados, como “o mensageiro sem fio”, ou “o tabuleiro falante”, inundando as lojas com uma grande variedade de desenhos. Os mais valiosos eram aqueles de estilo egípcio, chamados de tabuleiros místicos. Todos queriam ter um, e era difícil a casa que não tinha um tabuleiro Ouija – os fabricantes enganavam as pessoas dizendo que o tabuleiro falante era um jogo e que, com ele, ninguém ficaria entediado. Hoje, como no passado, existem empresas que produzem variantes interessantes dos tabuleiros falantes. Muitos têm desenhos luminosos, os quais tentam esconder o grande cuidado que se deve ser com esse tipo de coisa que até hoje não sabemos muito bem como funciona. 

Regras Para o Uso de Ouija
     
- Nunca inicie uma sessão sozinho. São necessários no mínimo duas pessoas.

- Nunca permita que os espíritos levem o ponteiro para as extremidades do tabuleiro de forma que possam sair dele dessa forma. É assim que ocorre a possessão.

- Se o ponteiro se mover para os quatro cantos do tabuleiro significa que o espírito contactado é mau.

-  Se a sessão for numa mesa ou local onde o tabuleiro fique elevado: se o ponteiro cair ao chão, o espírito é perdido.

- Se o ponteiro apontar o número oito repetidamente, um espírito mau está no controle do tabuleiro.

- Se desejar contactar um mau espírito, vire a tábua com as letras na posição invertida e utilize-a assim.

- O tabuleiro deve ser fechado correctamente após a sessão, ou o espírito pode revoltar-se e assombrar os utilizadores.

- Nunca use o tabuleiro de Ouija quando estiver doente, enfraquecido ou sobre o efeito de alcool ou drogas, tendo em vista que estas situações o mantém vulnerável à possessão.

- Não fazer do uso do tabuleiro de Ouija uma rotina. Os espíritos às vezes cativam o participante ao ponto de que o contacto se torne um vício.

- Os espíritos contactados através do tabuleiro tentarão ganhar a sua confiança através de mentiras. Por exemplo: um mau espírito pode alegar ser bom, ganhando assim a sua confiança e trazendo-lhe mal posteriormente.

- Procure manter contacto sempre de forma respeitosa e só convide para as sessões pessoas de confiança, seguras e que o farão seriamente. Nunca irrite o espírito ou lhe faça perguntas com ironia.

- Antes de sair ou mesmo de entrar numa sessão, peça a permissão do espírito. Caso contrário, estará sujeito à possessão pelo mesmo.

- Nunca use o Ouija em cemitérios ou locais aonde houveram mortes brutais. Isto pode trazer maus espíritos para o tabuleiro.

- Às vezes, um mau espírito pode habitar permanentemente um tabuleiro. Quando isso ocorrer, não se poderá manter contacto com outros espíritos além dele até que ele decida sair.

- Se seu ponteiro for de vidro, limpe-o antes e depois de cada sessão, de forma que nenhum espírito possa entrar ali. Para isso, passe-o sobre uma vela acesa.

- Tabuleiros de Ouija que são deitados fora incorrectamente libertam diversos espíritos que voltarão para assombrar o seu dono.

- Nunca empreste seu tabuleiro a ninguém. Use-o com exclusividade. Se necessário, faça seu próprio e recomende aos colegas que lhe pedem o seu emprestado que façam o mesmo.

- Nunca queime um tabuleiro de Ouija. Se o fizer, haverá uma manifestação do tabuleiro. Pode ser um som desconhecido ou a aparição de algum espírito. Depois de presenciar a manifestação, terá menos de trinta e seis horas de vida.

- Se colocar  junto do tabuleiro uma moeda de prata pura, os espíritos maus serão incapazes de manter contacto.

- Nunca deixe o ponteiro sozinho sobre o tabuleiro se não o estiver a utilizar. Se o espírito levá-lo para fora do tabuleiro, estará liberto.

- Às vezes maus espíritos pedirão aos elementos femininos para fazerem gestos ou executarem acções obscenas. Ignore-os. Os demais participantes jamais devem rir ou irritar-se nestas situações.

- Evite perguntar sobre assuntos que se referem à sua religião e não faça perguntas a respeito do futuro.

(Fonte: Diario do Sobrenatural)

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