Gloomy SundaySunday is gloomy,My hours are slumberlessDearest the shadowsI live with are numberlessLittle white flowersWill never awaken youNot where the black coach ofSorrow has taken youAngels have no thoughtOf ever returning youWould they be angryIf I thought of joining you?Gloomy SundayGloomy is Sunday,With shadows I spend it allMy heart and IHave decided to end it allSoon there’ll be flowersAnd prayers that are said I knowLet them not weepLet them know that I’m glad to goDeath is no dreamFor in death I’m caressin’ youWith the last breath of my soulI’ll be blessin’youGloomy SundayDreaming, I was only dreamingI wake and I find you asleepIn the deep of my heart, dearDarling I hopeThat my dream never hauntedMy heart is tellin’ youHow much I wanted youGloomy Sunday
Rezsõ Seress, compositor e pianista húngaro. Criador da musica. |
Segundo reza a história, Rezsõ Seress foi um compositor húngaro que falhou. Falhar também faz parte do processo de criação. Seress viveu a maior parte da sua vida em Budapeste e sonhava tornar-se num compositor famoso. Intransigente e convicto dos seus objetivos, brigava constantemente com a sua namorada. Esta não conseguia aguentar a insegurança de uma vida ambiciosa. Os insucessos vividos pelo compositor e o término da relação do casal fizeram com que, certo domingo, Rezsõ observasse a janela. O céu cobriu-se em tons de cinza e a tempestade revelou os rabiscos do que viria a ser o Domingo Sombrio.
“It is autumn and the leaves are falling
All loved has died on earth
The wind is weeping with sorrowful tears
My heart will never hope for a new spring again
My tears my sorrows are all in vain
People are heartless, greedy and wicked..”
Esta seria a letra original que embalou Seress de forma melancólica em 1933 (traduzida em Inglês). A letra foi reescrita (em húngaro) pelo seu amigo Lázlo Javor que contribuiu para uma melhoria do valor artístico da letra quando traduzida. Seja qual for a língua, os sentimentos de desespero e tristeza são universais.
Gloomy Sunday conta a história de um homem que declara que a única prova de ser devoto ao seu amor (que recusa acreditar nos seus sentimentos) é abreviando a sua vida num domingo sombrio.
Seress contactou a primeira editora para publicar a sua música. Rejeitado. Voltou a tentar outra editora. Aceite. Ficou entusiástico.
Nada fazia antever que, dias depois, surgisse uma sucessão de suicídios com o ressoar da melodia, como se de um último grito se tratasse. Seress, numa tentativa de pedido de reconciliação à sua namorada, verifica que esta se tinha envenenado, transportando consigo uma cópia de Gloomy Sunday. Questionado pelos efeitos da sua música, o músico responde:
“Estou no meio deste sucesso mortífero como um homem sendo acusado. Esta fama fatal magoa-me. Chorei todas as decepções do meu coração nesta canção e parece que outros, com o mesmo sentimento que eu, encontraram nela a sua própria dor”.
Segundo o New York Times (1968), pouco depois de completar os seus sessenta e nove anos Seress suicidou-se, saltando de uma janela. A influência da música no aumento do número de suicídios fez com que a sua transmissão fosse proibida pelos chefes da BBC. Nos Estados Unidos, algumas estações de rádio e discotecas adoptaram o mesmo boicote.
Terá a música Gloomy Sunday todo este valor epidémico ou será uma mera coincidência? Comvém não esquecer que em 1930 assiste-se à Grande Depressão. Terá o Domingo sombrio sido abafado pela segunda e terça feira negra em que se verifica um incremento da taxa de suícidios e falência/desespero de acionistas com a queda da Bolsa de Valores? Serão os efeitos de uma recessão económica, elevadas taxas de desemprego, quedas do PIB – próprios da Grande Depressão? Repare-se: um cenário muito próximo do vivido atualmente!
A tradução seria algo do tipo:
É outono e as folhas estão caindo
Todo o amor morreu na terra
O vento está chorando lágrimas cheias de tristeza
Meu coração nunca mais vai esperar por uma nova primavera
Minhas lágrimas e minhas tristezas são todas em vão
Pessoas são cruéis, gananciosas e más…
O amor morreu!
O mundo chegou ao seu fim, a esperança deixou de ter sentido
Cidades estão sendo destruídas, os projéteis estão fazendo música (*)
Os prados são tingidos de vermelho com sangue humano
Há pessoas mortas nas ruas em todo lugar
Eu direi outra oração silenciosa:
Pessoas são pecadoras, Senhor, elas cometem erros…
O mundo acabou!
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